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#1339536
•
prova:
93401
•
questão 1
prova
•
edital
Português
•
Interpretação de Textos
|
Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
2023
•
Instituto Consulplan
•
IF-PA
•
Técnico de Tecnologia da Informação
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As cores do silêncio
Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de
Van Gogh.
Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que
Monet
mostra a catedral de
Rouen
em momentos diferentes do dia.
A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em
Cézanne
uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
Não sei que efeito teve essa nova visão da pintura sobre
Van Gogh.
A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de
Borinage
.
Van Gogh
que vai fascinar as pessoas e mudar a linguagem pictórica surge depois que ele conhece a pintura dos impressionistas e especialmente do impressionismo pontilhista.
Essa mudança da pintura de
Van Gogh
, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de
Van Gogh
encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável.
Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo,
Van Gogh
descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
Não sei se consigo expressá‐lo: o que está em suas telas não é a paisagem real. Como
Cézanne
, mas em outra linguagem, ele mudou o mundo em pintura e a pintura em fascinante delírio. A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana.
(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
Considerando as concepções e estruturas textuais, é correto afirmar que o artigo tem por principal objetivo:
A
Assegurar os aspectos que influenciam na concepção artística.
B
Notificar sobre a importância da técnica pontilhista para a pintura.
C
Realçar sobre as variações que a pintura passou ao longo dos tempos.
D
Reiterar a relevância da pintura como cópia dramática do sofrimento humano.
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questão 2
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Português
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Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
2023
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As cores do silêncio
Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de
Van Gogh.
Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que
Monet
mostra a catedral de
Rouen
em momentos diferentes do dia.
A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em
Cézanne
uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
Não sei que efeito teve essa nova visão da pintura sobre
Van Gogh.
A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de
Borinage
.
Van Gogh
que vai fascinar as pessoas e mudar a linguagem pictórica surge depois que ele conhece a pintura dos impressionistas e especialmente do impressionismo pontilhista.
Essa mudança da pintura de
Van Gogh
, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de
Van Gogh
encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável.
Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo,
Van Gogh
descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
Não sei se consigo expressá‐lo: o que está em suas telas não é a paisagem real. Como
Cézanne
, mas em outra linguagem, ele mudou o mundo em pintura e a pintura em fascinante delírio. A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana.
(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
Dentre os trechos destacados a seguir, indique aquele em que o ponto de vista do autor é demonstrado de forma explícita.
A
“
A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana
.” (15º§)
B
“
É exemplo disso a série de quadros em que Monet mostra a catedral de Rouen em momentos diferentes do dia
.” (7º§)
C
“
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas
.” (7º§)
D
“
A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em Cézanne uma reação contrária:
[...]” (8º§)
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questão 3
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Português
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Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
2023
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As cores do silêncio
Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de
Van Gogh.
Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que
Monet
mostra a catedral de
Rouen
em momentos diferentes do dia.
A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em
Cézanne
uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
Não sei que efeito teve essa nova visão da pintura sobre
Van Gogh.
A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de
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Van Gogh
que vai fascinar as pessoas e mudar a linguagem pictórica surge depois que ele conhece a pintura dos impressionistas e especialmente do impressionismo pontilhista.
Essa mudança da pintura de
Van Gogh
, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de
Van Gogh
encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável.
Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo,
Van Gogh
descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
Não sei se consigo expressá‐lo: o que está em suas telas não é a paisagem real. Como
Cézanne
, mas em outra linguagem, ele mudou o mundo em pintura e a pintura em fascinante delírio. A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana.
(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
O texto apresenta, como evento gerador para a discussão das ideias:
A
Experiência pessoal narrada por
Cézanne
.
B
Possibilidade de compartilhar informações.
C
Descoberta de reinventar-se através da paisagem.
D
Uso indiscriminado da inventividade poética por
Van Gogh.
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Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de
Van Gogh.
Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que
Monet
mostra a catedral de
Rouen
em momentos diferentes do dia.
A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em
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uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
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A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de
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, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de
Van Gogh
encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável.
Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo,
Van Gogh
descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
Não sei se consigo expressá‐lo: o que está em suas telas não é a paisagem real. Como
Cézanne
, mas em outra linguagem, ele mudou o mundo em pintura e a pintura em fascinante delírio. A natureza é bela, mas a beleza de suas telas é outra, é invenção humana.
(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
De acordo com as ideias apresentadas no texto, é correto afirmar que o autor se mostra, em relação à inovação da pintura:
A
Omisso.
B
Imparcial.
C
Favorável.
D
Implacável.
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Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
Porque acho que a vida é inventada por nós – mas, claro, dentro das possibilidades reais – creio também, consequentemente, que o acaso desempenha um papel importante nessa invenção. E na arte também, sem dúvidas.
Mas o artista, para inventar sua obra, trabalha dentro de determinados princípios que descobre e de que se vale para impor sua inventividade poética sobre o acaso.
No fundo a criação artística é resultado da opção que o artista faz entre sua necessidade de criar e os fatores casuais que envolvem a criação. Em suma, ele torna necessário o que era mera probabilidade.
Descubro esses pensamentos ao rever um álbum de obras de
Van Gogh.
Embora já as conhecesse de longa data, descubro nelas, ainda sim, que a pintura dele é de fato diferente de tudo o que se pintava antes. Todo mundo hoje sabe disso, claro, mas tive a impressão de que só então, ao rever suas telas, percebia por quê.
E isso me levou a refletir sobre o que era a pintura, antes dele, feita pelos impressionistas. Já falei aqui da diferença entre a pintura de ateliê – realizada dentro de casa – e a pintura impressionista, feita ao ar livre.
Os pintores impressionistas descobriram a cor da paisagem sob a luz solar, a vibração da luz sobre a superfície das coisas. E, ao descobri‐las, descobriram também que o colorido da paisagem muda com o passar das horas: descobriram o tempo. É exemplo disso a série de quadros em que
Monet
mostra a catedral de
Rouen
em momentos diferentes do dia.
A descoberta da realidade que muda a cada minuto gerou uma pintura de pinceladas fluentes, que provocariam em
Cézanne
uma reação contrária: ele queria que a nova pintura se ajustasse a uma estrutura permanente, que ele admirava nas obras dos museus.
Daí sua opção inovadora, que geraria o cubismo, nascido dessa visão que queria mudar o mundo em pintura, de tal modo que as maçãs que ele pintou não pretendiam ser a cópia da maçã real: eram pintura.
Não sei que efeito teve essa nova visão da pintura sobre
Van Gogh.
A verdade é que, no começo, ele quis fazer da pintura a cópia dramática do sofrimento humano, particularmente dos mineiros de
Borinage
.
Van Gogh
que vai fascinar as pessoas e mudar a linguagem pictórica surge depois que ele conhece a pintura dos impressionistas e especialmente do impressionismo pontilhista.
Essa mudança da pintura de
Van Gogh
, que abandona as cores soturnas para entregar‐se ao colorido vibrante dos quadros neoimpressionistas é surpreendente, mas, sem dúvida, própria de uma personalidade que oscila entre atitudes e reações extremadas.
De qualquer modo, por mais surpreendente que seja essa mudança em seu modo de pintar, ela corresponde a uma necessidade indiscutível, legítima, tal a extraordinária força expressiva que constatamos nesses quadros. A conclusão inevitável é que foi na pintura que a personalidade complexa e angustiada de
Van Gogh
encontrou afinal o modo feliz de inventar‐se. Pintando, ele era saudável.
Mas é necessário acentuar que, a partir da incursão do pontilhismo,
Van Gogh
descobre seu próprio caminho, tornando-se criador de um universo pictórico que me fascina e fascina a todos que dele tomam conhecimento. E, no meu caso pelo menos, quanto mais o frequento, mais novo o descubro.
A verdade é que descobri o que eu já sabia, mas não sabia tanto. É que, na sua pintura, os capinzais, os arbustos, os roseirais, os pinheiros, o céu estrelado, não são os que conhecemos: são uma outra realidade por ele criada, feita de pastas de cor, de pinceladas inesperadas que transformam a paisagem num mundo gráfico‐pictórico, enfim, em algo que só existe ali, nas telas por ele pintadas.
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(GULLAR, Ferreira. As cores do silêncio. Folha de São Paulo. Agosto de 2014.)
“
Bem, chega de falar de política. Hoje vou falar de uma coisa silenciosa chamada pintura.
” (1º§) Considerando o primeiro período do texto, é possível depreender que ele é marcado por uma:
A
Ressalva.
B
Ambivalência.
C
Contrassenso.
D
Intensificação.
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